domingo, 17 de julho de 2011

Bagé: 200 anos!

Hoje, 17 de julho de 2011, Bagé abre o ano de seu bicentenário.
 A Rainha da Fronteira está em festa. 

     Até 1827, o povoado cresceu e se firmou. Nesse ano foi tomado pelas forças do Exército Republicano do Rio da Prata, que o saqueou e quase o destruiu.
    Nos anos seguintes, novos impulsos de progresso teve o povoado, e, durante o decênio farroupilha, seu território foi ocupado por legalistas e rebeldes, nele se travando memoráveis encontros.
    Nas costas do Rio Jaguarão, foi proclamada a República Riograndense, e na igreja bageense, cujo padroeiro é São Sebastião, celebrada a paz entre os brasileiros divididos.
    Em 5 de junho de 1846, Bagé foi elevada a município; a Câmara de Vereadores, devidamente instalada em 2 de fevereiro de 1847.
  As inquietações externas mantiveram Bagé como um acampamento militar. Seus filhos participaram de todas as campanhas de vinculação nacional, compreendidas no período de 1852 a 1870.
   O movimento para a libertação dos escravos teve grande receptividade entre sua gente, e Bagé declarou extinta a escravidão em seu município no dia 28 de setembro de 1884, quatro anos antes da abolição nacional, ocorrida em 1888.
   A propaganda republicana teve em Bagé muitos adeptos, liderados por João Nunes da Silva Tavares. Os descontentamentos que se seguiram à proclamação da República e que levaram a região Sul à Guerra Civil tiveram, em Bagé, momentos culminantes desde a sua eclosão até a paz final, a invasão pela serrilhada e as conferências de paz às margens do Arroio São Luís.
    Nesse período, a cidade foi sitiada pelos federalistas. Carlos Maria da Silva Telles a defendeu com bravura.
   Tanto na Revolução de 1923, que visava à reforma da Constituição Riograndense - inspirada pelo positivismo de Júlio de Castilhos, como na Revolução de 1930, que pretendia a mudança dos costumes políticos do Brasil, a gente de Bagé teve ativa participação.
    No decorrer de toda a existência como terra disputada, como povoado e como município, Bagé sempre marcou presença nos momentos maiores da vida nacional, sendo cognominada de "Coração Cívico do Rio Grande do Sul".  



                                          PARABÉNS BAGÉ!
      Pode-se dizer que a história de Bagé começa a ser contada do momento em que os jesuítas trazem índios já reduzidos à fé cristã para estabelecerem uma estância nas fraldas da Serra de Santa Tecla.
     A partir daí começa a se conhecer este território.
     Logo depois, quando da fixação das fronteiras meridionais pelo Tratado de Madrid, há a penetração da comissões demarcadoras, que encontram em Santa Tecla, pela presença do índio Sepé Tiaraju, a resistência à sua execução.
   A chamada Guerra Guaranítica tem em Bagé o ponto de concentração de dois exércitos ibéricos: o português, a mando de Gomes Freire de Andrade, estabelece o seu " Campo das Mercês " junto às nascentes do Rio Negro; o " Rincão del Boi ", onde se fixa o espanhol, comandado pelo Marquês de Val de Lírios, logo depois das nascentes do Rio Jaguarão.
    Terminada a conquista das missões, este território fica como terra de ninguém, e os espanhóis tentam sua conquista estabelecendo em, 1773, o Forte de Santa Tecla.
    A expulsão espanhola, realizada por Rafael Pinto Bandeira, marca o início da fixação das primeiras estâncias às margens do Rio Camaquã e entre os galhos do Arroio Quebracho.
   Embora o Tratado de Santo Idelfonso tenha excluído da dominação portuguesa mais da metade do território do atual município de Bagé, é em 1801 que os espanhóis saem em definitivo daqui, recolhendo-se para o sul da Serra do Aceguá.
    Quando da marcha do Exército Pacificador da Banda Oriental, Dom Diogo de Souza resolve transformar o acampamento de Bagé, dirigido para concentrar toda a tropa, em núcleo permanente, chamando, a 17 de julho de 1811, o comandante da guarda de São Sebastião para assumir o comando deste campo e seu Distrito.
     Ficava fundada a povoação de Bagé.

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